terça-feira, 11 de dezembro de 2012


QT
Quadrilha dos Trabalhadores
Aquele bigodinho tá estilo Dom Corleone, bem apropriado...

sábado, 8 de dezembro de 2012

Anunciado Novo Programa de Governo do PT, pela Presidanta e seu competente ministro da hacienda:

QUEBRA BRASIL!!!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Brasil: Deixe-o


Brasil: Deixe-o

Talvez essa fosse a alteração mais sensata a se promover no velho slogan. Porque amá-lo tá meio difícil.

Tudo bem que não sou muito chegado à humanidade como um todo, mas nós brasileiros, se não somos o pior povo do mundo devemos estar posicionados bem abaixo no ranking.

Todo dia nos deparamos com demonstrações de desonestidade, de falta de educação, respeito e urbanidade.

Falta de noção de coletivo. Nos jornais, assistimos os horrores na política e na criminalidade em geral (a política é o supra sumo da criminalidade).

Daqui a pouco tempo furo jornalístico vai ser achar um político que não é bandido, uma prefeitura onde não existe corrupção.

Para ser bandido, assaltante, explodidor de caixa eletrônico, sequestrador relâmpago, daqui a pouco vai ter que regulamentar a profissão, pois vai faltar vítima para tanto bandido.

Também, as autoridades públicas cada vez mais melhoram as condições de trabalho da classe. Algema que não pode usar, viatura que não pode ter camburão e por aí vai.

Ser bandido está supervalorizado socialmente, cada vez mais aumenta a glamorizarão do crime. Pesquisa no youtube “mc” para ver a quantidade de lixo exaltando a vida fácil, o consumismo, o “bonde”, etc. Pela quantidade de idiotas produzindo, imagina a quantidade de idiotas ouvindo.

O espetáculo de malcriações continua no trânsito. São comportamentos execráveis realizados por pessoas de todas as classes, dirigindo seus veículos, dos mais simples aos mais luxuosos, motoristas amadores ou profissionais, cidadãos comuns ou servidores públicos.

São pessoas que não podem se dar ao trabalho de nem indicar a intenção de convergir ou efetuar uma manobra de estacionamento. Ignoram completamente que existem outras pessoas em sua retaguarda, que precisam ser avisados de sua intenção, através do acionamento da seta. Não podem cientificar a direção que vão tomar, simplesmente efetuam a manobra e deixam quem estar atrás se virar.

Outros se julgam melhores que os outros e não respeitam uma fila que aguarda a oportunidade de ingressar numa pista, ou em um cruzamento. Preferem ultrapassar a todos irregularmente e numa manobra brusca cortar

Depois eu continuo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Vamos flexionar o "mais" também


Mais uma vez vou ser obrigado a discordar da maioria e afirmar que não achei as idéias do tal livro do MEC assim tão estapafúrdias. Nem li o livro, mas, pelo que li e ouvi, achei as idéias bem coerentes.


Antes de mais nada, bom frisar que é normal a reação observada, de rejeição às idéias contidas no livro. Geralmente somos contra o que é diferente do que estamos acostumados. Soa mal aos nossos ouvidos quando outra pessoa faz uso da língua de forma diversa à nossa.

Mas a forma como falamos também pode soar mal para outras pessoas, talvez mais cultas, talvez mais incultas, talvez apenas de outra região ou época.

 Confesso que pratico preconceito linguístico quando escuto algo, não digo nem errado, mas diferente, do que estou acostumado. Até mesmo uma acentuação diferente, ou um sotaque, já é suficiente para desencadear repugnante sentimento.

Especificamente quanto à polêmica do livro, me parece que o problema é com a concordância... nominal? numeral? Nem sei, mas vamos dizer que seja a flexão das palavras para concordar entre si em número, ou seja, a utilização do plural.

Vamos aos exemplos do livro:

Os livros ilustrados mais interessantes estão emprestados -> forma culta - terceira pessoa do plural (é isso mesmo)?
Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado -> forma alternativa.
O livro ilustrado mais interessante está emprestado -> frase no singular, por minha conta.

Então vejamos: para passar a frase do singular para o plural, foram flexionados: o - os, livro-livros, ilustrado - ilustrados, interessante - interessantes, está - estão, emprestado - emprestados.

Seis palavras, de sete ao todo. Precisava flexionar a frase inteira??? Apenas o "mais" escapou (ao contrário do seu antônimo, que costuma ser agressivamente flexionado, não por número, mas por gênero: coitado do menos, que vira "menas": menos homens, menas mulheres - essa é dose.

Mas voltando ao assunto, precisava flexionar a frase inteira??? Prá quê??? Essa tal "riqueza" do português, prá mim, tem outro nome. Na versão alternativa, apenas duas palavras foram flexionadas. No mínimo, forma mais simples, para não dizer prática, semelhante a forma adotada pelo idioma mais difundido no mundo. 

Vamos pedir ajuda ao translate para verificar como a coisa funciona no inglês:
"O livro ilustrado mais interessante está emprestado"
virou
"The most interesting illustrated book is borrowed".
"Os livros ilustrados mais interessantes estão emprestados"
virou
"The most interesting illustrated books are borrowed".

Ou se, flexionou-se apenas DUAS palavras - o verbo e o substantivo, que no caso atua como sujeito. Nada de flexionar artigo, adjetivo, advérbio

Seria como se disséssemos "O livros ilustrado mais interessante estão emprestado".

E nenhum inglês acha estranho ser desta forma, por sinal, muito mais simples que no português. Isso sem falar nas infinitas flexões verbais, flexões de gênero, bobagens que, no fundo, só servem para complicar a língua ou... proporcionar preconceito e discriminação.

domingo, 24 de abril de 2011

Proteção Divina

Nesse tempo de Semana Santa, as imagens de fervor religioso ganham mais espaço na mídia, e com ele meu espanto nas demonstrações de fé das pessoas.

No geral, a religião, a crença de deus, é uma forma de buscar amparo, proteção, ajuda para superar dificuldades. Ter em quem se fiar, independente das dificuldades.

É ter a quem agradecer ao se conquistar algo, como se as ações nossas ou de terceiros não fossem suficientes para alcançar o resultado.

Cada pessoa tem seu deus, e uma relação pessoal com ele, muitas vezes adicionando elementos incompatíveis com a própria essência da religião.

Muitas vezes, nossas orações têm objetivos excludentes ao de outras pessoas, ao passo que, quando pedimos ajuda a deus, queremos que ele prejudique outras pessoas em nosso favor.

O exemplo extremo de tal constatação é o agradecimento a deus pela vitória em uma partida de futebol, ou mesmo por fazer um simples gol.

“Graças a Deus conseguimos virar o  jogo...”; “Deus me abençoou com o gol...”, quantas vezes escutamos na mídia estas demonstrações de fé. Não seria tal ilação no mínimo egoísta?
Quem pensa dessa forma é realmente imbuído dos sentimentos pregados pela religião? Afinal, por que achar que um ser superior iria favorecer alguém, consequentemente prejudicando outros? Seria isso justo? Pois se a partida foi ganha, graças a deus, pode ser que o time perdedor até estivesse mais preparado, mas perdeu graças a deus que ajudou o outro.

Rezamos pedindo para passar no vestibular, para arranjar emprego. Será que alguém quem estudou mais, ou está mais preparado, seria prejudicado por deus, só porque não foi suficientemente adulado?

Passamos por cirurgias complicadíssimas, diversas pessoas envolvidas para anestesiar, estabilizar, cortar, costurar e agradecemos a deus. Será que sem a reza deus iria fazer alguém cometer um erro?
E todo o esforço da equipe médica foi em vão, já que tudo correu bem graças a deus? Não seria melhor se deus não tivesse permitido nem que a cirurgia fosse necessária?

O mesmo ocorre nas tragédias. “agradeço a deus por estar vivo” - por minha conta agora - “obrigado por ter desabado aquele morro em cima de mim, me quebrado todo, me deixado ficar no hospital durante meses sofrendo dores terríveis, matado todo o resto da minha família”.

Ou “Graças a deus a tragédia não foi maior”. Pô, porque graças a deus não houve tragédia?

Sempre atribuímos a Deus a parte boa do fato,  nem que a parte boa seja a situação não ser pior. Como que as pessoas conseguem concluir que Deus contribuiu para ajudar e desprezam a causa do fato? Quem causou a situação que deus teve que intervir? Ele próprio ou algum de rival seu? Ou aí entra o acaso? E deus não tem controle sobre o acaso, só consegue minorar o estrago depois que já está acontecendo, tipo os bombeiros?

Nem os fieis mais fervorosos têm essa proteção divina que vejo nos adesivos assim tão eficiente. É teto de igreja que desaba, é ônibus de romeiro que capota, credo!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Soprar ou não Soprar, eis a Questão

O art. 165 do CTB que trata da infração de dirigir sob influência de álcool, já teve 3 redações. Antes, o condutor somente poderia ser autuado se se submetesse ao teste do etilômetro. Se não aceitasse realizar este, ou mesmo outros testes, não poderia ser aplicada a multa, pois não havia a previsão de incidência em caso de recusa.

Ao contrário do alardeado por aí, sobre suposta violação ao direito de “não produzir prova contra si mesmo”, a aplicação da penalidade pela simples recusa em se submeter ao teste, ou mesmo a caracterização da infração, mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, em nada afronta o princípio constitucional.

O ato de dirigir é uma permissão concedida pelo Estado, a qual, quem , caso queria, deve se submeter às condições estabelecidas, entre elas a de não conduzir veículos após ingerir bebida alcoólica.

Se assim fosse, seria normal o condutor de veículo se recusar a exibir a CNH, vencida, ao policial, pois estaria fazendo prova contra si mesmo.
Ou seja, no tocante à infração de transito, que tem natureza de irregularidade administrativa, o atual regramento, não obstante considerações sobre rigor excessivo e divergências de aplicação, bem resolveu a questão.

Mas a questão do crime também foi alterada, e nesse ponto, a situação ficou pior, para não dizer ridícula.

Antes, era crime “conduzir veículo automotor, na via pública, sob a influência de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem”.

Havia a discussão se o dano potencial seria o próprio ato de conduzir o veículo sob a influência de álcool ou se seria necessário algo a mais tal como excesso de velocidade, falta de controle do veículo, etc.

Bem ou mal, havia a possibilidade de se aplicar a lei. Agora, a lei define o crime como “conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de  álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas...”.

Ou seja, somente se tipifica o crime com a realização de algum exame que indique a concentração de álcool. Como tais exames necessitam da concordância do condutor, que pode recusá-los e aqui, com razão, tem direito a não produzir prova contra si mesmo, ninguém em sã consciência, por mais bêbado que esteja, aceita de submeter ao exame.

Já que não basta a simples recusa para configuração do crime, a decisão de tipificação fica totalmente ao alvitre do agente! Basta se recusar a realizar o teste do etilômetro para ser inocente, independente de qualquer outra prova que por ventura exista.

Seria a mesma coisa de se condicionar a concretização do crime de homicídio ao exame residuográfico no suspeito, o qual poderia, pelo princípio citado, se recusar a se submeter.

Não havendo o teste, não haveria o crime, mesmo com o corpo alvejado por projéteis.

Pode até ser que a intenção do tal legislador seja justamente dificultar a existência do crime, processos, etc, preferindo resolver tudo na seara administrativa, apenas com aportes financeiros.

Mas como explicar para a opinião pública porque algum chapadaço saiu livremente, só com uma multinha, ao ser flagrado dirigindo???

Chega a ser vergonhosa tal situação, ao ponto de entendimentos jurisprudenciais se esforçarem em criar entendimentos sobre a desnecessidade do exame específico.

Porém, no texto da lei, fica claro para qualquer um, que o óbvio é recusar-se a realizar o exame, caso seja flagrado conduzindo veículos após ter bebido, pois dos males, o menor, melhor tomar a multa por se recusar que além da multa, metrologicamente constatada, ainda ser preso. Depois, basta inventar uma desculpa do porquê “preferiu” não realizar o teste.

Vai aí algumas desculpas possíveis: “canudo eu costumo é aspirar, não soprar”; “minha religião não permite que eu encoste minha boca em orifícios antes do casamento”...  Invente a sua!